Escrever é tão divertido!

Escrever é tão divertido! Mas não é fácil.... São muitas as inseguranças que as crianças têm quando lhes é proposto escrever sobre um determinado tema. 
E escrever para quê? Será que importa a alguém aquilo que cada um pensa, inventa e depois escreve? 
Escrever pensamentos, descrever imagens, criar histórias... 
A proposta de ontem era subordinada ao tema "A folha de outono que eu encontrei". Todos os alunos se entusiasmaram e todos escreveram... Por fim, houve votação para os primeiros textos a serem publicados... uns reais, outros fictícios. 
O "bichinho" da escrita anda por lá... Já há blogues originais de estrunfes. Força! 

A folha de “outono” que eu encontrei

          No dia onze de Janeiro de dois mil e nove eu fui passear com o meu pai. Nesse passeio, eu encontrei uma folha. Era uma folha especial, pois tinha a forma de um coração. Então eu tive a ideia de escrever nela:

        - Pai estás sempre no meu coração.

        Depois dei a folha ao meu pai. Ele até chorou. Foi o presente que eu lhe dei antes de ele se ir embora. Eu pedi-lhe para nunca se esquecer de mim.

          Ele deu – me uma fotografia dele e disse que não me esqueceria.

          E assim foi a despedida do meu pai, com muitas lágrimas!

                                                                                                                                         Bruna (4º ano)

A folha do outono que eu encontrei

            Certo dia, estava eu a brincar no meu jardim com o meu irmão. Entretanto estávamos a observar uma árvore que existe no canto do jardim. Eu imagino-o mágico e, lá, eu posso ter asas para voar e apanhar flores para o palácio autêntico onde imagino que está a rainha mais simpática dos palácios.

            Nesse instante, caiu uma folha de outono. Era sinal de festa! Ela era enorme e bonita. Mas, sem mais nem menos, e, cheio de curiosidade, subi a árvore e disse muito alto:

            - Folha do outono, pega em mim e leva-me ao céu!

            Então ela saíu do chão e num abrir e fechar de olhos levou-me até ao céu.

            - Iupi! – exclamei.

            Depois reparei que a folha já estava a ficar castanha e velha. Perguntei-lhe:

            -És uma folha velha, não és?

            Ela disse que sim e de repente desfez-se toda. Eu caí no jardim, mas achei um dia muito divertido.

            Por fim, olhei para o céu e caía ainda um bocado de folha e eu disse:

            -Folhinha de outono, nunca te irei esquecer.

            Ah! Mas com isto não cheguei a fazer a festa.

João (4º ano)